Olá amigos!
Tenho recebido frequentemente a seguinte dúvida: “Faço serviço social (ou já me formei) e gostaria de fazer uma pós-graduação em psicologia. Qual você me recomenda?” Neste texto, vou dar a minha opinião pessoal a respeito. Penso que esta dúvida também possui relação com outras graduações, ou seja, graduandos de outras faculdades podem vir a desejar cursar uma pós-graduação na área de psicologia.
Indivíduo e Sociedade
Uma dicotomia que perpassou as ciências humanas no século XX foi a questão “indivíduo X sociedade”. Em princípio, é até uma questão estéril, saber se o indivíduo que cria a sociedade ou se é a sociedade que cria o indivíduo. É como a questão do ovo e da galinha. De todo modo, este problema esteve presente especialmente na sociologia e na psicologia. Na sociologia o peso recai no estudo da sociedade e na psicologia, o peso recai no estudo do indivíduo.
Como não poderia deixar de ser, há um complicador para esta definição mais simples. O nascimento da chamada psicologia social.
Veja aqui – O que é psicologia social?
A psicologia social, a seu modo, se situa no entre-lugar, no meio, na intersecção entre a sociologia e a psicologia. Incorpora diversos conhecimentos da sociologia, mas, ainda assim, continua a ser psicologia. Epistemologicamente, porém, para os psicólogos sociais é até indiferente este problema (se é mais psicologia ou se é mais sociologia).
E o que tudo isto tem a ver com o serviço social e a pós-graduação em psicologia?
Bem, em primeiro lugar, o serviço social é muito mais próximo da perspectiva da sociologia do que da psicologia. Todo o estudo é centrado nas relações sociais, em detrimento do estudo aprofundado da individualidade (prerrogativa da psicologia). Embora a psicologia possa ser acusada de solipsismo, a sua metáfora – como diria James Hillman – é o indivíduo. O seu centro, o seu objeto, é o indivíduo.
Como disse acima, para quem está fora ou de uma maneira geral, isto pode parecer irrelevante. Mas quando vamos para a prática, vamos ter um olhar que será ou a favor das relações sociais ou a favor do indivíduo.
Por exemplo, logo após a minha formação em psicologia, trabalhei durante um curto período em um asilo. Nesta instituição, a visão das assistentes sociais era de que as relações sociais tinham que se restabelecer. O seu foco de atuação estava voltada para a coesão social da família. Assim, ainda que os membros da família tivessem tido problemas no passado, inclusive com maus-tratos por parte dos pais, o objetivo era a reconciliação entre pais e filhos.
Ora, neste exemplo, podemos ver que a ética da assistência social centra-se totalmente nas relações sociais, no estabelecimento dos laços sociais. Ela deixa um pouco de lado, digamos assim, a ética do indivíduo, o que cada um – individualmente – quer.
Em minha opinião, portanto, é uma ética distante da ética que vemos na psicologia. A ética dos assistentes sociais é muito mais próxima até da teologia (e de uma moral social que tende ao universal) do que da psicologia ou da psicanálise. Evidente que existe a psicologia social, que estuda os grupos, os movimentos sociais, as comunidades, que propõe dinâmicas de grupo. Ainda assim, a sua ética (se for bem estudada) considera a individualidade e os papéis sociais assumidos em um momento em um dado grupo.
O que eu quero dizer, com toda esta argumentação é que quem fez ou faz serviço social estuda questões e teorias que não são tão próximas da psicologia. Observando algumas matrizes curriculares da graduação em serviço social podemos ver que pouquíssimas disciplinas são idênticas à psicologia. Ao contrário do que acontece com a pedagogia e a administração que tem cerca de 20% (no mínimo) de disciplinas similares.
Deste modo, para quem está fazendo serviço social ou já se formou, eu não recomendaria fazer uma pós-graduação em psicologia. Excluindo o fato de que as pós-graduações (lato sensu, de especialização) são geralmente fechadas, ou seja, abrem vagas apenas para quem tem graduação em psicologia ou medicina, temos que entender que serviço social e psicologia podem até parecer áreas afins, que buscam ajudar as pessoas, mas são muito diferentes. Por isso, é recomendável fazer a graduação em psicologia e não buscar uma pós-graduação em psicologia.
Existe a possibilidade ainda de fazer um mestrado, e depois um doutorado, em psicologia, talvez psicologia social. Mas lembrando que as pós-graduações (stricto sensu) são voltadas para lecionar no ensino superior e não abrem a possibilidade de atuação profissional como as especializações.
Em resumo, as pós-graduações de especialização, por exemplo, pós-graduação em psicologia clínica, hospitalar, organizacional (etc) abrem vagas para quem fez psicologia. Portanto, quem tem graduação em serviço social não conseguirá entrar. Além disso, para atuar dentro da psicologia, o Conselho Federal de Psicologia exige a graduação em psicologia.
É possível encontrar vagas nas pós-graduações de mestrado e doutorado (stricto senso), mas é bom lembrar que o objetivo é formar pesquisadores, acadêmicos e não profissionais com currículo pronto para o mercado de trabalho.
Veja aqui – Que pós-graduação devo fazer?
Concluindo, se você fez ou faz serviço social ou outra graduação e quer fazer uma pós-graduação em psicologia, eu recomendo buscar informações sobre a possibilidade de inscrição nestas pós. Como disse, na grande maioria dos casos, a entrada será vetada para quem não tiver a graduação em psicologia. Se você quer trabalhar como professor acadêmico, sempre será possível encontrar mestrados nos quais não há exigência da graduação prévia.
E, por fim, existe a possibilidade de fazer pós-graduação em psicanálise. Como digo no texto – Melhores Cursos de Psicanálise – é possível fazer a pós em psicanálise tendo formado em qualquer área. Porém, a atuação ainda é problemática pois não há regulamentação da profissão de psicanalista, no Brasil.
Dúvidas, por favor, comente abaixo!
Olá, eu sou assistente social, e a colocação que fizeste da profissional no asilo não pode ser generalizada, por questões éticas. Nós analisamos as expressões da questão social, veja bem, de modo que temos como propósito analisar as situações na sua totalidade.
Não se pode analisar uma ação específica de um único profissional e tê-la como referência de todos os profissionais, pior ainda, de uma categoria profissional, que pelo visto se quer analisaste o nosso código de ética profissional.
Abraço!
Olá Lidiane,
Talvez não tenha ficado claro o meu ponto de vista.
Não estou propriamente criticando a perspectiva desta assistente social. Penso ser este mesmo o trabalho que ela deveria desenvolver, ou seja, no trabalho para o qual ela fora contratada, sua postura era muito útil para o bem estar dos idosos, quando ela conseguia fazer a reaproximação.
O meu argumento vai na direção que são duas perspectivas muito diferentes. Com isto, o caminho mais indicado para quem quer trabalhar na psicologia não seria tentar fazer uma pós-graduação, mas sim fazer a graduação. O mesmo se daria se um psicólogo quisesse ser assistente social. Seria melhor fazer a graduação completa do que uma pós-graduação, não é verdade?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Eu me referi a esta parte que demonstras generalizar uma situação que não ocorre normalmente, certamente foi uma citação irresponsável em relação ao Serviço Social. E quanto a intensão de clinicar com a formação em serviço social o Código de ética dos Assistentes Sociais é bem claro que não fazemos terapias e sim auxiliamos os usuários no acesso a seus direitos.
Conforme esclarece a Resolução CFESS 569, de 25 de março de 2010, que dispõe sobre “a VEDAÇÃO da realização de terapias associadas ao título e/ou ao exercício profissional do assistente social”
Confira o documento oficial do CFESS, aqui explicam as atribuições e competências do Assistente Social. Assim fica mais fácil escrever sobre uma profissão que se desconhece, e corre-se menos risco de escrever situações equivocadas.
http://www.cfess.org.br/arquivos/doc_CFESS_Terapias_e_SS_2010.pdf
Atenciosamente,
Olá Lidiane,
Bem, eu disse no texto a respeito da experiência que tive (e dos problemas) na atuação multidisciplinar em uma instituição asilar.
Evidente que as atuações podem variar, mas pelo que sei, os assistentes sociais teriam esta orientação. Como você mesma disse, ver a situação na sua totalidade, ou seja, os aspectos sociais de uma situação e menos os aspectos psicológicos ou individuais. Este é o ponto.
Obrigado por complementar o texto com as atribuições do CFESS.
Esta parte é especialmente interessante: “a realização de curso de especialização, mestrado ou doutorado em áreas afins, por um/a assistente social, não fará dele um profissional de outra área (mesmo que realize um curso de pós-graduação em psicologia, o/a profissional continuará sendo assistente social, submetido às competências e atribuições de sua profissão, a menos que deixe de atuar como assistente social)”.
Você disse o que eu disse, não faz sentido a atribuição de uma função da psicologia para quem é graduado em serviço social.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Boa tarde Felipe! Parabéns pelo seu Blog primeiramente.
Me chamo Andreia,sou de BH,formada em Enfermagem.E gostaria de uma dica sua em relação a uma outra graduação ou ate mesmo uma pós….mas de graça,pois a grana anda um pouco curta.Se puder me ajudar fico agradecida em poder expandir meus horizontes com quem conhece da área.
Abraços
Olá Andreia,
Existem as pós-graduações presenciais e as online.
Se você está buscando pelas gratuitas, deve pesquisar as universidades que sejam federais ou estaduais e que estejam próximas ou tenham pólo (no caso do ensino a distância) ai perto de BH.
Outra possibilidade é cursar mestrado e receber a bolsa de estudos que está pagando hoje por volta de 1350 reais (varia se for pela Capes, CNPq, Fapemig, etc, mas a faixa é essa).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá meu nome é andréa, e estou em dúvida da minha pós graduação. Gostaria mesmo de fazer uma pós graduação na parte da psicologia, mais o que você citou a cima, fiquei um pouco triste, por ser tão fragmentado até o ponto de não concorrer uma vaga no mercado de trabalho. Já estou no final do curso de serviço social e gostaria muito de uma dica para a minha pós graduação de serviço social.
Olá Andréa,
Então, a não ser que você queira ser professora universitária, eu recomendaria que você fizesse a sua pós-graduação (de especialização latu sensu) em uma área do serviço social que lhe agrade, ok?
Pense nas áreas que você mais gostou de estudar e nas áreas que você mais gostaria de atuar e pesquise.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Há cursos de pós-graduação oferecidos pelas Coordenações de Psicologia, pós graduação em Dependência Química ou Saúde Mental Coletiva. Não seriam opções para Assistentes Sociais que queiram trabalhar na área da saúde?
Olá Maya,
Sim, claro. A questão não é obter conhecimento nesta ou naquela pós, neste ou naquele curso. O objetivo do texto é mostrar que ter uma pós não é sinônimo de ter a graduação, ok? Nem dará a carteira de registro no Conselho Federal de Psicologia.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
obrigado por esta publicação!!
Olá!
Fico muito feliz que tenha gostado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Sou assistente social,e acredito que é melhor fazer uma pós em outras áreas,pois temos uma visão diferente da psicologia.
Olá Érika!
Obrigado por comentar!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Querida Lidiane, obrigado por responder exatamente da maneira que pensei.
Meu caro Felipe, agradeço pelo teu trabalho e pelo site de uma maneira geral. Compartilhar conhecimento é sempre muito bom.
Partindo da premissa do compartilhamento de informações, expliquemos os casos em questão; em ralação ao texto, o que se quis demonstrar foi a diferença entre as profissões, dai, a analogia feita baseada nos acontecimentos, ocorridos no dito asilo; a questão defendida pela colega Lidiane, foi em relação a generalização da causa mor do Serviço Social. Sim, nos baseamos na questão social como foco, e normalmente a analisamos no coletivo, contudo, baseado na grande carga horária nos dada no campo da sociologia, igualmente nos baseamos na formação do indivíduo, para a formação da sociedade, assim como ao contrário. Não existe “ovo e galinha”, uma sociedade se forma por um indivíduo e vice-versa; quanto a exercermos a profissão, isso não se aplica aqui, a divisão de regras e normas é específica a cada profissão, além disso, gostaria de dar um exemplo até mesmo dentro de uma mesma área: um bacharel em medicina não será doutor, até que tenha feito doutorado.
O que se deve analisar é a dúvida, por exemplo, da Andreia Carvalho, ela pediu opinião sobre que tipo de pós ela deveria realizar, ou seja, como psicólogo, sua resposta foi basicamente a de um profissional de serviço social, visto que triagem, encaminhamento, ou simplesmente uma informação sobre onde buscar um encaminhamento, são atribuições deste profissional. Em seguida, veio a dúvida da Andreia dos Santos, foi a mesma, e novamente outra resposta de um profissional de serviço social, já que se preocupou com a parte social do indivíduo, buscando melhores condições no custeio, ou até mesmo, benefícios, e não no psicológico do indivíduo, foco do profissional de psicologia.
Realmente ainda existem muitas dúvidas quanto as profissões, até mesmo profissionais da área se confundem.
Andreia Carvalho – Se você pretende seguir na área de ciências biológicas, procure alguma voltada para esta área se especializando na tua atual formação, já se o intuito é apenas continuar na área da saúde, podendo ser até administrativamente, existem pós e superiores tecnológicos na área de gestão.
Andreia dos Santos – Sim, o profissional de serviço social pode fazer pós em qualquer campo da psicologia, seja ela, educacional, social, jurídica, e etc, visto que a área de abrangência do serviço social é mais ampla do que se imagina. Cabe a você decidir qual área da sua graduação pretende se especializar, não deixando de lado o fato de salientar a diferença entre “graduação em” e “especialização em”, se a ideia é atuar como psicóloga, é obrigatória a graduação específica, se quiser apenas adquirir maior conhecimento em uma área específica da sua graduação, sem problemas com qualquer pós.
Existem ainda outros recursos, como exemplo do superior tecnológico em gestão pública, que é o passo mais comum dado aos formados em serviço social, o tempo de duração do curso é de em média 2 anos e conta como graduação, podendo ser ampliada com uma pós.
Enfim, desculpem se me alonguei, porém, também fiquei um pouco ressabiado, com a equivocada dissertação sobre o profissional do serviço social feita no texto, contudo, toda minha argumentação pode também não ser a correta, mas, a diferença entre as profissões, favorece mais aos que estudaram serviço social, devido as mais de 120Hs de psicologia específica.
Felipe, espero que não se chateie com o comentário, repito, compartilhar conhecimento é sempre muito bom. E isso, você o fez com excelência.
Um abraço
Olá!
Bem, é de certa forma natural que cada profissão (ou faculdade) queira se sobressair e tenha isto de um certo complexo de inferioridade. Minha orientadora do mestrado (da área de Letras) sempre dizia que Roland Barthes afirmava que todas as faculdades estavam subordinadas à área de Letras, porque toda e qualquer faculdade faz uso da linguagem…
E você faz o mesmo, ao frisar as atribuições do serviço social. Assim como podemos dizer que tudo é psicológico, porque sem psique não há consciência. Ou tudo é biológico e, em última instância, química, etc.
A questão, objetivamente falando, Sandro, é bem simples: eu, como formado em psicologia, posso fazer uma pós em serviço social ou em direito, por exemplo. Mas não poderei atuar como um profissional destas áreas porque eu não terei a graduação. Não terei ao final da pós nem o CRESS nem a OAB… é simples assim.
Isto resolve qualquer possível dúvida. Claro, podemos fazer qualquer pós (mestrado ou especialização) que seja aberta para aprendermos mais. Aprender é sempre possível.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Caro Felipe, em momento algum, quis dizer que você não conhece tais áreas e como proceder sobre a pós a ser realizada, haja vista, que salientei a questão de “graduado em” e “especializado em” e também comentei sobre o fato da atuação na área escolhida para a pós.
Com meu comentário anterior, apenas defendi a área ao qual atuo e estudei, pois foi colocada de maneira errônea, através de um pré-julgamento feito por você.
Repito, teu blog é de grande valia para as pessoas que tem dúvidas quanto a carreira que querem seguir. Simplesmente, há que tomar cuidado no momento de discursar sobre profissões e /ou assuntos, cujo conhecimento, não seja específico.
Para acalmar nossos ânimos aqui vai um reafirmamento sobre a pós realizada em outro campo de estudo: um graduado na área de Serviço Social tendo realizado pós graduação em Psicologia Educacional, por exemplo, será um profissional do Serviço Social(para todo o sempre enquanto não se graduar em outra área), especializado em Psicologia Educacional.
Parabéns pelo teu blog Felipe, uma vez mais digo, compartilhar informações é fazer girar a roda do conhecimento.
Forte abraço.
Sandro Lima
Oi Sandro!
Infelizmente, através dos textos nós perdemos um aspecto muito importante da comunicação oral que é o tom de voz.
Como você e a Lidiane entenderam como se eu estivesse fazendo uma pesada crítica ao Serviço Social, penso que o erro é meu. Porém, em nenhum momento tive essa intenção.
Creio que tenha passado a vós a impressão de um comportamento profissional incorreto. Mas este foi apenas um exemplo (e que foi real). Se substituirmos a palavra maus tratados e agressão, poderemos entender o ponto que estava querendo fazer.
A função do serviço social (que evidentemente é extremamente ampla) é importantíssima. Se entendermos no exemplo – como acontecia no asilo – que uma das funções era a aproximação dos filhos com os pais já idosos, veremos que a função é belíssima. E se tirarmos os trechos do exemplo e colocarmos, por exemplo, de filhos e pais que se afastaram por outras circunstâncias, veremos que não haveria este mal entendido.
Por isso, friso, eu escrevi o texto muito tranquilo e com muita calma dei o exemplo, porque inclusive concordo que a atitude da assistente social era correta, mesmo com o que pudesse ter acontecido na relação pai-filho previamente. Ela estava cumprindo a função dela. E muito bem!
O que quis mostrar, também, foram as diferenças e os limites que são mais epistemológicos e divergentes em métodos, na prática, entre a psicologia e o serviço social.
Atenciosamente,
Felipe
PS: Tentem ler o texto novamente com uma voz bem calma!
Essa é a questão Felipe,
“A função do serviço social (que evidentemente é extremamente ampla) é importantíssima. Se entendermos no exemplo – como acontecia no asilo – que uma das funções era a aproximação dos filhos com os pais já idosos, veremos que a função é belíssima. E se tirarmos os trechos do exemplo e colocarmos, por exemplo, de filhos e pais que se afastaram por outras circunstâncias, veremos que não haveria este mal entendido.”
O que quisemos salientar, foi porque você afirmou que a função do profissional de Serviço Social, era reaproximar os laços sociais, sem nos preocuparmos com o indivíduo. Não funciona dessa maneira, queremos os laços reafirmados, contudo, através de uma pesquisa sócio-psicológica do mesmo. Antes de tudo, tentamos entender o que o ser individual está sentindo, porque está sofrendo, o que causou o afastamento. Para depois, tentarmos a reaproximação.
A profissional que você citou, não seguiu o protocolo, simplesmente tentou o resultado.
Acho que agora ficou mais claro.
Abraço,
Sandro Lima
Olá professor Felipe, sou estudante de Serviço Social, e estou no terceiro semestre. Estou com muitas dúvidas sobre trocar o meu curso para Psicologia, como estou no inicio do curso não tenho muitos exemplos de como funciona a intervenção deste profissional, sabendo que o Assistente Social e o Psicólogo trabalham em uma mesma equipe em determinadas instituições, gostaria de pedir-lhe que, desse-me alguns exemplos de atendimento e intervenções de ambos profissionais em uma equipe, em qualquer situação. Desde já lhe agradeço, pois tenho que tomar minha decisão e está bem difícil!!!
Atenciosamente,
Vanessa Siqueira
Olá Vanessa,
Sobre psicologia, eu falo aqui – 7 Melhores Áreas de Atuação
De acordo com o Conselho Regional de Serviço Social do Ceará, a atuação do Assistente Social corresponde a:
Realizar estudos e pesquisas para avaliar a realidade social, além de produzir parecer social e propor medidas e políticas sociais;
Planejar, elaborar e executar planos, programas e projetos sociais;
Prestar assessoria e consultoria as instituições públicas e privadas e, também, aos movimentos sociais;
Orientar indivíduos e grupos, auxiliando na identificação de recursos e proporcionando o acesso aos direitos sociais;
Realizar estudos socioeconômicos com indivíduos e grupos para fins de acesso a benefícios e serviços sociais;
Atuar no magistério de Serviço Social e na direção de unidades de ensino e Centros de estudos.
Sobre exemplos, creio que é mais fácil você pesquisar por estudos de caso, em cada uma das áreas, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Sou formada em serviço social e ainda não vi uma pós-graduação para mim me especializar gostaria de ter uma sugestão, professor Felipe de Souza
Olá Nayara!
Existem diversas pós-graduações em sua área.
Uma dica que pode te ajudar é pensar nas matérias que você mais gostou de fazer na faculdade.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Estou cursando ultimo ano de graduação em Serviço Social e muito satisfeita, nesse curso já aprendemos quais são as nossas atribuições, sem a preocupação em invadir espaços que são para outros profissionais e faltando com ética na profissão, quanto à Pós Graduação, já é bem específica em fazer-nos entender que é uma extensão de nosso curso na área que queremos ou pretendemos atuar, se é saúde, educação, esportes, jurídico, entre outros…
Olá Maria!
Obrigado por comentar!
Acho que é necessário fazer a diferença entre:
– fazer uma pós para aprender mais sobre uma tema;
– fazer uma pós para ter mais títulos profissionais para trabalhar.
No primeiro caso, desde que a instituição de ensino permita, podemos fazer uma pós em qualquer área. Já pelo segundo motivo, não. Afinal, muitos e muitos cursos exigem a graduação e não uma pós para ter a condição de atuar.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Então como formanda em assistente social qual pós devo fazer para entrar em campo de trabalho ?
Olá Carla,
Você pode pesquisar as pós-graduações que estão disponíveis perto de você e avaliar em qual área você gostaria de se especializar.
obrigado Professor estou a procura
Olá ..
Estou me formando em Assistente Social, estou pensando em realizar uma pós em RH.
Estou com algumas dúvidas; pois, não sei se o mercado de trabalho estão dando opotunidades para Assistentes Sociais pós graduada em RH.
Olá Regiane,
Bem, o RH é uma área que pode ser basicamente dividida em recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento e departamento pessoal. Pode ser que uma empresa contrate um profissional que não tenha formação nem em administração, gestão de RH, psicologia ou contabilidade, mas é, digamos assim, um caminho tortuoso. Se você pretende mudar mesmo da Assistência Social para o RH, talvez seja mais viável fazer um curso mais curto, tipo gestão de RH do que uma pós.
Veja aqui as diferenças:
https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2014/11/gestao-de-recursos-humanos-psicologia-administracao-semelhancas-diferencas.html
Eu terminei o 5°semestre de Serviço Social, mas gosto muito dos profissionais da Psicologia e da Educação, percebo que cada qual tem seu código de ética da profissão, logo percebo que o Assistente Social tem que trabalhar de forma multidisciplinar seja com o Psicólogo, com o Educador e até com Psiquiatra e Profissionais da Medicina em termos gerais, creio que certos casos se eu estudo Serviço Social logo seria para atuar nesta área, se eu quiser aumentar meu conhecimento sobre por exemplo na Psicologia Social e/ou Geral, penso que não para exercê-las, isto é, no meu caso, o próprio código de ética do serviço Social por si só menciona a questão da pluralidade e multidisciplinar para que dessa forma eu possa saber lidar melhor e amigavelmente com cada um dos profissionais inclusive Serviço Social em conjunto com o Psicólogo, respectivamente um trata da questão social de vários assistidos e/ou coletividade e outro pode receber o(s) assistido(s) pelo Assistente Social para uma triagem com um Psicólogo. Neste contexto, por exemplo o Assistente Social tem em sua bagagem profissional extensa saber lidar com as relações sociais, e isso não é diferente quando um profissional precisa de outro para formar o grupo, na minha opinião como cada profissional tem seus aspectos estruturais na questão da Ética profissional e nos procedimentos, seria sensato e permitido por lei que o Assistente Social faça uma graduação de Psicologia, já que cada área tem seus propósitos.
Agradeço pelo espaço, desculpem se me alonguei muito, quis apenas somar com mais uma contribuição de minha parte, agradeço ao Professor Felipe, e aos demais que participam aqui desse portal Psicologia MSN.
Excelente espaço, atenciosamente,
Márcio de Souza graduando em Serviço Social
Boa tarde professor Felipe de Souza, estava na dúvida em qual pós-graduação fazer, por isso procurei a internet, mas ao ler o seu comentário sobre a ação do assistente social no asilo fiquei muito triste, ao meu ver um profissional formado principalmente em psicologia não deveria fazer comentários sobre o outro profissional, independente da área de formação, e de suas opiniões, entendo que é anti-ético, da forma que você colocou deu a entender que o profissional do Serviço Social não tem sentimento, quando estudamos psicologia geral aprendemos
que, é uma profissão que na sua práxis exige uma visão sobre o ser humano e suas questões sociais, autor (a) Lisnéia Aparecida Rampazzo, e já na psicologia social enquanto área de estudo da psicologia, contribui na compreensão do comportamento dos indivíduos , suas interações e do processo grupal, autor(a) Daniela Sirkorshi e Lisnéia Aparecida Rampazzo.
Desculpe por discordar de sua opinião, sem querer ofender como formadora de opinião este é o meu ponto de vista, de qualquer maneira obrigado por esclarecer algumas dúvidas que nós leitores temos.
Abraços Lucilene
Olá Lucielene,
Após uma consideração mais atenta, vou rescrever esse trecho para explicar melhor o meu ponto de vista.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi Felipe, parabéns pelo blog, gostei muito. Estou cursando Serviço Social, e tinha esta dúvida em relação a Pós, pois queria fazer algo voltado para psicologia, mas não para atuar como psicologa, e sim como assistente social. Foi muito útil ler sua matéria. Se você puder me indicar alguma pós em Serviço Social, fico grata, pois ainda não sei o que fazer. Existe algo especifico para o público infantil? Obrigada.
Oi Maria!
Obrigado!
Sou um pouco leigo nas pós de serviço social.
Mas talvez algum colega possa indicar em seguida aqui nos comentários, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe, boa tarde.
Sou formado em Gestão de RH e pós graduado em Psicologia Organizacional.
Trabalho à 13 anos no área de Pessoal e não tenho interesse de atuar como psicologo e sim explorar meu lado de mediador nas conquistas do clima organizacional da empresa por ter aptidões e vivência dos valores holísticos.
Estou pretendendo fazer Serviço Social ao invés de Psicologia.
De fato o que o mercado analisa em um candidato com esse perfil? o que me dizes?!
Respeitosamente
Germano
Olá Germano,
Bem, com a sua formação penso que já seria possível trabalhar nesta área de mediação de conflitos. Existem cursos específicos, creio eu, que tratam deste tema.
Eu não sei como é o processo seletivo para esta área, mas penso que deve ajudar muito realizar palestras, cursos e treinamentos com esta temática para o setor corporativo.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Gostaria de saber se é viável fazer Pos Graduação Gestão de Pessoas, pois sou graduada em Serviço Social.
Olá Maria, talvez fosse mais indicado fazer o Tecnólogo em Recursos humanos.
conhecimento.
Olá Felipe, parabéns pelo teu blog. Obrigada pelas colocações, sem dúvida irão me ajudar muito na escolha da minha pós. Abraços