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O conceito de Inconsciente Coletivo foi criado pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung. Jung, no ínicio do século passado (de 1907 a 1912) colaborou com Freud, escrevendo diversos artigos e livros de psicanálise.

Posteriormente, discordou de algumas ideias de Freud e criou sua própria abordagem chamada Psicologia Analítica ou Psicologia Profunda ou Arquetípica.

A melhor definição que sei para dizer o que é o inconsciente é: o inconsciente é o que não sabemos de nós mesmos. Muitos comportamentos, sentimentos e pensamentos não são governados pelo eu. Existe mesmo um grande região de nossa alma que é inconsciente ou, em outras palavras, que é governada pelo inconsciente.

Jung ampliou o conceito de inconsciente fazendo uma distinção. Nessa grande região de nossa alma, que é inconsciente, existe o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.

O inconsciente pessoal é o que Freud havia estudado. Nele encontramos o que foi recalcado, escondido, esquecido. O que eu vivi e que esqueci, escondi de mim mesmo ou recalquei continua lá. Às vezes reaparece em sonhos, atos falhos ou até em sintomas físicos ou psíquicos.

O inconsciente coletivo, por outro lado, não representa o que eu vivi, mas o que a humanidade como um todo viveu. No livro Estudos sobre Psicologia Analítica, Jung escreve:

“…o inconsciente contém, não só componentes de ordem pessoal, mas também impessoal, coletiva, sob a forma de categorias herdadas ou arquétipos. Já propus a hipótese de que o inconsciente, em seus níveis mais profundos, possui conteúdos coletivos em estado relativamente ativo, por isso o designei inconsciente coletivo” (JUNG, p. 127)

E como reconhecemos, em nós mesmos e nos outros, o inconsciente coletivo? Como o inconsciente coletivo aparece na prática?

Você já deve ter ouvido: “minha vida daria um livro!” ou então, um romance, um filme… e é verdade. Cada história de vida poderia virar um livro. Ao contar uma história pessoal, poderemos notar paralelos (semelhanças, fatores parecidos) com histórias presentes em mitos, contos de fada, lendas, fábulas, parábolas.

Do mesmo modo, ao contarmos um sonho encontraremos elementos que são arquetípicos, ou seja, elementos que são coletivos.

Jung notou, em suas viagens pelo mundo, que um indivíduo que não conhecia (conscientemente) um mito grego, por exemplo, sonhava com ele.

Sem que tenhamos conhecimento de uma determinada história mitológica, lenda ou experiência religiosa sonhamos, fantasiamos, vivenciamos elementos parecidos.

O importante, para o conceito de inconsciente coletivo, é que participamos todos nós da humanidade. A humanidade inteira está em nós, com seus mitos esquecidos, lendas, fábulas, contos de fadas e experiências.

Referências Bibliográficas:

C. G. JUNG. Estudos sobre Psicologia Analítica. Petrópolis, Editora Vozes: 1978